A consulta psiquiátrica é um espaço de escuta, livre de julgamentos, no qual o paciente tem liberdade para relatar seu histórico de vida, seus sintomas e o impacto que eles causam em sua rotina. O histórico de adoecimento pessoal e familiar, bem como experiências anteriores com tratamentos, também são avaliados durante a consulta. Com base nessas informações, somadas ao exame clínico, é proposto um plano terapêutico individualizado — que nem sempre inclui o uso de medicações. A consulta também envolve momentos de psicoeducação, orientações e esclarecimento de dúvidas.

A duração do tratamento varia conforme o diagnóstico, a gravidade dos sintomas, a resposta individual ao tratamento e o histórico de adoecimento. Algumas pessoas necessitam de acompanhamento por um período mais curto, enquanto outras, dependendo do quadro clínico, podem precisar de um tratamento de longo prazo. Essas orientações são discutidas durante as consultas, e não é recomendada a interrupção do tratamento por conta própria, sem orientação profissional.

A maioria das medicações psiquiátricas — como antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor — não apresenta risco de dependência. No entanto, algumas classes de medicamentos, como os benzodiazepínicos e os hipnóticos, podem causar dependência ou tolerância, quando há necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Ainda assim, quando bem indicados e utilizados por um curto período sob supervisão médica, esses fármacos podem ser eficazes e seguros.

A frequência das consultas varia de acordo com o diagnóstico, a intensidade dos sintomas e a evolução clínica do paciente. Conforme ocorre a estabilização do quadro, as consultas podem ser espaçadas de forma gradual, sempre respeitando a necessidade individual de acompanhamento.

O psiquiatra é um médico especialista em saúde mental, habilitado para diagnosticar transtornos mentais e prescrever medicamentos quando necessário. Já o psicólogo é formado em Psicologia, sendo capacitado para compreender o comportamento humano e oferecer suporte emocional por meio de diferentes abordagens psicoterapêuticas. Ambos os profissionais atuam de forma complementar, e o tratamento conjunto é, muitas vezes, o mais indicado.